É hoje encarada não como doença,
no sentido clássico do termo, mas sim como um transtorno mental, podendo
atingir pessoas de qualquer idade, gênero, raça, classe social e país. Segundo
estudos da OMS, atinge cerca de 1% da população mundial.
O diagnóstico da
esquizofrenia, como sucede com a grande maioria dos transtornos mentais e
demais psicopatologias, não se pode efetuar através da análise de parâmetros
fisiológicos ou bioquímicos e resulta apenas da observação clínica cuidadosa
das manifestações do transtorno ao longo do tempo. Quando do diagnóstico, é
importante que o médico exclua outras doenças ou condições que possam produzir
sintomas psicóticos semelhantes (uso de drogas, epilepsia, tumor
cerebral, alterações metabólicas). O
diagnóstico da esquizofrenia é por vezes difícil.
Para além do diagnóstico, é
importante que o profissional identifique qual é o subtipo de esquizofrenia em
que o doente se encontra.
Atualmente, segundo o DSM IV, existem cinco
tipos:
Paranoide - é a forma que
mais facilmente é identificada com a doença e na qual predominam os sintomas
positivos. O quadro clínico é dominado por um delírio
paranóide relativamente bem organizado. Os doentes de esquizofrenia
paranóide são desconfiados, reservados, podendo
ter comportamentos agressivos.
Desorganizado - em que os
sintomas afetivos e as alterações do pensamento são predominantes. As ideias
delirantes, embora presentes, não são organizadas. Em alguns doentes pode
ocorrer uma irritabilidade associada a comportamentos agressivos. Existe um
contacto muito pobre com a realidade.
Catatônico - caracterizado
pelo predomínio de sintomas motores e por alterações da actividade, que podem
variar desde um estado de cansaço e acinesia até
à excitação.
Indiferenciado - que
apresenta habitualmente um desenvolvimento insidioso com um isolamento social
marcado e uma diminuição no desempenho laboral e intelectual. Observa-se nestes
doentes uma certa apatia e indiferença relativamente ao mundo
exterior.
Residual - em que existe um
predomínio de sintomas negativos: os doentes apresentam um isolamento social
marcado por um embotamento afetivo e uma pobreza ao nível do conteúdo
do pensamento. ¹
A esquizofrenia afeta tanto
homens quanto mulheres. Ela geralmente começa na adolescência ou na fase adulta
jovem, mas pode começar em idade mais avançada. Nas mulheres, a esquizofrenia
tende a começar mais tarde e ser mais branda.
A esquizofrenia com início na
infância aparece depois dos 5 anos. A esquizofrenia infantil é rara e pode ser
difícil diferenciá-la de outros transtornos de desenvolvimento da infância,
como o autismo. ²
Delírios - o indivíduo crê em
idéias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são temas de perseguição,
grandeza ou místicos.
Alucinações - O paciente percebe
estímulos que em realidade não existem como ouvir vozes ou pensamentos,
enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador para o paciente.
Discurso e pensamento
desorganizado - O paciente esquizofrênico fala de maneira ilógica e desconexa,
demonstrando uma incapacidade de organizar o pensamento em uma seqüência lógica.
Expressão das emoções - O paciente
esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma
dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar
se está alegre ou triste, por exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de
acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do cotidiano.
Alterações de comportamento - Os
pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes
apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por
exemplo, falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público. ³
Tratamento:
Durante um episódio de
esquizofrenia, pode ser necessário hospitalizar o paciente por motivo de
segurança e para que ele receba cuidados básicos, como alimentação, descanso e
higiene.
Os medicamentos antipsicóticos
são o tratamento mais eficaz para a esquizofrenia. Eles alteram o equilíbrio
das substâncias químicas do cérebro e podem ajudar a controlar os
sintomas da doença.
Esses medicamentos são de grande
ajuda, mas possuem efeitos colaterais. Entretanto, muitos desses efeitos podem
ser tratados e não devem evitar que as pessoas busquem tratamento para essa
grave doença.
Por Cícero Freitas Valverde
Psicoterapeuta Floral - Mestre em Ciências da Religião
Pós-graduado em Terapia Familiar e Politicas de Atenção a Família.
Psicoterapeuta Floral - Mestre em Ciências da Religião
Pós-graduado em Terapia Familiar e Politicas de Atenção a Família.
Créditos:
1. http://pt.wikipedia.org –
Acessado em 20-07-13
2. www.minhavida.com.br – Acesso
em 20-07-2013
3. www.abcdasaude.com.br – Acesso 20-07-2013
4. http://saude.ig.com.br –
Acesso 20-07-2013
5. Imagem - http://elmundotlp.blogspot.com.br
– Acesso 20-07-2013